Vítor era um homem rico, daqueles que faziam rascunhos em notas de cem reais.
– Dinheiro é o que não lhe falta – dizia a maioria das pessoas ao passarem em frente da sua casa.
Outras pessoas tinham até ilusões ao ver a casa.
– Olha lá! Está saindo dinheiro da janela.
– Qual das janelas? Existem tantas...
– Aquela ali, no terceiro andar.
– Nossa!! É mesmo, e são todas notas de cinqüenta.
Realmente eram todas notas de cinqüenta, mas como eu já lhes disse, não passavam de ilusões. Houve um dia que Vítor, ao chegar em sua casa na sua linda limusine, leu uma faixa pregada no muro que dizia “Eu também queria ser feliz”. E o homem rico começou a pensar se era ou não era feliz.
Ele pensou na sua mãe, em seus filhos, em sua mulher que ele amava, em outras mulheres que ele já tinha amado e que ainda amava. Mas em nenhum momento ele pensou nas suas indústrias, ou outros bens materiais.
Vítor tinha uma amante chamada Débora. Sua mulher não sabia e nem poderia saber deste caso, era uma coisa extremamente secreta e muito bem escondida. Se a imprensa soubesse, Vítor poderia dizer adeus ao seu casamento com Giovana. E não era isso o que ele queria.
A cabeça de Vítor estava muito confusa, ele não sabia qual das duas era a sua preferida. Ele amava as duas o mesmo tanto e por isso não terminava seu casamento com Giovana.
Este relacionamento “duplo” já estava sendo feito havia dois anos.
Vítor chegou a conclusão de que era feliz.